MOMENTOS ÉPICOS DO CINEMA… perdidos em filmes não tão épicos assim

Fazer um filme é um negócio muito complicado. Tem que juntar um bom roteiro com coordenar atores, editar cenas, visualizar efeitos especiais, fazer viral na midia e etc. E é obvio que nem todos os filmes acertam e a grande categoria deles se enquadra no “meh…”. Entratanto isso não impede que certos filmes que não são tão grande coisa assim tenham cenas filhadaputamente memoraveis e o TOP 5 de hoje é sobre isso.
5º LUGAR – POKÉMON: MEWTWO CONTRA-ATACA

O BOM: Eu sei, eu sei o que você tá pensando. “Sexta-feira, começou cedo nos tóchico heim fio? To falando de cinema pra gente grande porra” mas não. Eu sei o que eu to falando. Sente aí e aprenda algo para vida, mas antes um quick tour básico de Pokémon.
Mew é um pokémon lendário, adorado por civilizações primitivas como um deus e especulado como o mais poderoso de todos os pokémons. Poucas pessoas realmente viram o tal Mew e nenhuma dessas é alguém com quem você deixaria sua filha sair a noite. Então nossos notaveis homens da ciência tiveram uma idéia Jurassic Parkianamente genial: “hey, e se nós juntassemos o que temos sobre o mew, misturassemos um DNA aleatório – Jurassic Park provou que isso funciona – e criassemos um novo Mew ao invés de sair caçando essa porcaria em lugares cheio de mosquito borrachudo e pico-pico?”. As grandes mentes da ciência nomearam esse projeto de Mewtwo (quanta originalidade)
E é aí que começa o filme, com uma narrativa do próprio Mewtwo acordando em seu tanque e se dando conta de que ele nasceu pra ser uma cobaia de laboratório projetado para ser um xerox de um megastar fodão. Por muito menos que isso guerras já se iniciaram e não menos que isso no melhor estilo Akira, Mewtwo fica puto pra caralho, arrebenta a porra toda, mata todo mundo e tal.
A sequencia é tão bonita, a narrativa, as tomadas, tudo que por vários anos da sua vida você ficará se perguntando “cara, isso é Pokémon? Eu paguei pra ver um anime com roteiro genérico qualquer nota, não um filme introspectivo e foda pra caralho!”. Sério, a cena é tão boa que eu ouso compara-lá ao lendário monologo “Lagrimas na Chuva” de Blade Runner (já chegamos nisso também)
O MAU: Bem, depois da sequencia genial de abertura Pokémon volta a ser… adivinhem… pokémon. Personagens genéricos, história fraca, mimimis de anime, poder da amizade, tirar poder do olho do cu e todas essas coisas que você encontra por aí aos lotes até se pesquisar por prostitutas russas animadas artificialmente (não que eu tenha pesquisado isso… quer dizer… bem… err… continuando…). Mas a cena de abertura, cara, a cena de abertura é uma perola da 7a arte.
4º lugar: STAR WARS: Episódio III, A vingança dos Sith



O MAU: Gente, sério, eu amo Star Wars. Acho que é a minha franquia favorita logo depois de Emanuelle (que foi? não existia internet nos anos 90, sabia?) e como grande fã da série eu tenho que ser o primeiro a dizer que os filmes não são aqueeeelaaa coisa né. Ainda mais a trilogia nova (os episódios 1 ao 3), sendo que destes de muito muito longe o episódio 3 é o melhor da série, o que não é lá dizer grande coisa.
O filme tem cenas de ação divertidas, mas tem um roteiro confuso (entre o que o George Lucas TENTOU dizer sobre o Anakin se tornar um Sith e o que foi mostrado em tela vai uma grande diferença), personagens descaracterizados (TEU CÚ que aquilo é o Yoda, tragam o muppet do pantano devolta) e escolhas bastante esquisitas (peraí, a Padme morreu por perder a vontade de viver… TENDO DOIS FILHOS PRA CRIAR? VADIA!)
Enfim, o filme é divertidinho, conserta algumas cagadas da trilogia nova (ufa, a Força mistica transcendental, não uma DST) mas não é nenhuma obra prima do cinema.
SÓ QUE: E então chega o momento pelo qual passamos quase 40 anos esperando, o momento que o vilão mais foda da história dos vilões fodas se ergue… e a cena é simplesmente magnifica. Depois de uns oito dias de luta ao som da música mais foda que o John Willians compos nos ultimos 15 anos (e isso não é dizer pouca coisa), acontece o que todo mundo esperou cinco filmes e 3/4 para acontecer.
Obi Wan abandona o seu discipulo que se tornou aquilo que ele devia combater. O discurso dele é majestral, a dor visceral que ele sente ao gritar pro Anakin “QUE MERDA TU FEZ? TU ERA BRODI RAPAH! BRODI DI BRODI MERMO!”. Anakin, que segundo a profecia iria trazer equilibrio a Força cagou tudo e esculhambou mais ainda o pagode. Então ele é deixado para morrer a beira de um rio de lava, onde o Imperador Palpatine o encontra, reconstrói quase todo seu corpo e lhe dá a famosa mascara com o respirador. Até esse momento a cena é simplesmente perfeita, é tudo que esperamos 40 anos para ver. A primeira respiração mecanica do Lord Vader, arte pura mesmo.
Depois o George Lucas esculhamba a cena, ridiculariza o Darth Vader e tal, mas aí a perola ja estava feita. Sério, só essa sequencia vale toda a trilogia nova. Demais.

3º LUGAR – APOCALYPSE NOW

O BOM: Caso você esteve em coma desde os anos 50 saiba que hoje a Coca-cola custa mais do que 50 centavos e que Apocalypse Now é um filme sobre a guerra do Vietnã. Além da famosa frase “adoro o cheiro de Napalm pela manhã”, o filme também famoso pela cena foda pra caralho que um REBANHO INTEIRO DE HELICOPTEROS parte para detonar uma vila qualquer, e o general da coisa toda acha que o momento não é épico o suficiente e coloca para tocar (dentro do filme mesmo, não como trilha sonora) A Cavalgada das Valquírias, do alemão Richard Vagner.
Sério, puta merda, é uma das cenas mais iconicas e fodas de toda história de cenas iconicas e fodas. A música se tornou praticamente um icone popular de “a cavalaria tá chegando” e o numero de referencias a esta cena na cultura pop ultrapassa MAIS DE 9000!!!
O MAU: A cena, como já foi dito, foi um daqueles momentos em que Deus acorda e diz “é hoje!”. Não preciso exaltar o quão classica ela é. O problema mesmo é todo filme desse ponto pra frente. Putaqueopariu, eu não achava que era fisicamente possível fazer um filme de guerra ser chato (tem gente explodindo com napalm toda hora, caralho!), mas o sr. Copolla conseguiu esse feito. PUTAQUEOPARIUCOMLIMÃONOSZÓIO que filme CHATO!
Sério, o protagonista do filme começa a pirar com os horrores da guerra e blablabla e fica rolando mato e na lama, vê cenas tiradas dos documentários do Michael Moore e toda essa merda. E fica nisso por umas duas horas até acabar quase tão chato e sem noção como todo resto.
Prêmio soninho sabado de chuva no edredon pra ti!
2º LUGAR – 2001: Uma odisséia no espaço


O MAU: A melhor forma de resumir 2001 é dizer que ele é tipo o Prometheus dos anos 70. O filme é sobre nada indo a lugar nenhum e você tem que ler oito livros, participar de quatro foruns e vender 2/3 da sua alma ao capeta para conseguir tirar algum sentido e objetivo do filme. O Stanley Kubrick (diretor) é de certa forma parecido com o Michael Bay: ele não é realmente um mau diretor, só que ele precisa constantemente que alguém coloque a mão no ombro dele e diga “menos, filho, menos”. Tá, agora o Kubrick ta morto, mas ainda precisa de uma mãozinha amiga. Enfim, o filme é aquelas baboseiras de arte pseudo-intelectuais, mimimi e zzz…
O BOM: Como é sua marca registrada, Stanley Kubrick é mestre em fazer filmes sobre nada com cenas ótimas (Nascido para Matar tem meia duzia de cenas genais, mas o filme é uma merda) e neste caso não é diferente. Aqui toda parte espacial (as naves não fazem barulho no espaço, oh!) é excelentemente bolada e ao som do Lago dos Cisnes (ou qualquer merda do tipo) virou um icone popular de referencias sobre operações espaciais. Você não simplesmente acopla uma nave no espaço sem lembrar desse filme, é tipo uma versão espacial da Cavalgada das Valquírias. E no meio disso tudo tem as excelentes sequencias com o computador da missão, o HAL. Ele é simples e puramente apenas, veja só, apenas, o grande pai do conceito de IA maligna bem educada. Sério, cada cena de interação entre os astronautas e o HAL vale ouro puro. Pena que…

1º LUGAR: BLADE RUNNER – O caçador de andróides

O MAU: Blade Runner é um filme noir dos anos 80. O que traduzindo em lingua de gente, é a cruza do tédio com o mau-gosto. O filme tem uma premissa simples que daria um bom filme de ação: no futuro os androides parecem tanto com pessoas que é preciso ser um profissa na area para poder separar um do outro, e no caso teve uns 4 em particular que piraram e sairam matando geral porque o prazo de validade deles esta vencendo e eles querem por mais ficha na maquina.
Legal, né? Agora como isso virou um filme chato pra cacete vai alem da minha compreensão. Mesmo.
O que eu posso te dizer é que o filme deve ter umas 5 cenas onde umas 4 coisas acontecem (4 coisas no filme todo, não em cada cena). Quando acontece alguma coisa, tipo personagem A mata B é depois de uma tomada panoramica de 8 anos onde absolutamente nada acontece. O herói do filme, Han Solo, simplesmente não faria a menor diferença se não estivesse lá pq na pratica ele não faz absolutamente nada.
Ok, no fim ele descobre quem são os androides rebeldes mas eles expiram antes que ele precisasse fazer qualquer coisa, então qual o ponto? O ponto alto do filme é ver como nos anos 80 eles tinham uma boa idéia de tecnologia (tem tipo um kinect no filme) só que usando telas de tubo catódico (se você tem menos que 200 anos nem tente entender o que é isso). Ah é, tem também o Almirante Adama no filme sei lá pq, mas se vc quiser ver como ele era antes de ter um filho gordo tae.
O BOM: Lágrimas na chuva,
No fim do filme o vilão do filme (meio que o líder da gangue de androides) esta ja pifando e decide gastar seu tempo brincando de parkour com o Han Solo apenas porque… sei lá, estava sem cubos de Rubik pra resolver eu acho. E aí rola que o cara vai pifando e tem uma perseguição sem o MENOR proposito (hã, Han Solo, que tal apenas sentar e esperar a natureza fazer o seu trabalho? E porque diabos mesmo alguem te pagaria pra isso? Ok, que seja…)
Até o momento em que ele finalmente chega no seu momento final, fica frente a frente com o Han Solo e da onde menos se espera… ELE SOLTA O MONOLOGO MAIS FODA DA HISTÓRIA DO CINEMA!?!!11!!!
MAS QUE? A MÃE DE QUEM? Não to brincando, o negócio é cabuloso e sinistro mano. Vou repetir: é o melhor monologo DE TODA MALDITA HISTÓRIA DO CINEMA!!!!11!!
Uau, eu realmente não vi isso vindo…



MENÇÃO ESPECIAL: Assista Idiocracia. O filme é uma comédia qualquer nota, mas a introdução é tão boa, mas tão boa e faz tanto sentido que você não consegue sentir senão medo do fato que aquela lógica não pode ser refutada

MOMENTOS ÉPICOS DO CINEMA… perdidos em filmes não tão épicos assim MOMENTOS ÉPICOS DO CINEMA… perdidos em filmes não tão épicos assim Reviewed by Unknown on sábado, outubro 12, 2013 Rating: 5
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